Ryanair impõe multa de €500 a “passageiros indisciplinados” — medida radical para preservar segurança e conforto a bordo
O que está acontecendo?
No dia 12 de junho de 2025, a Ryanair — maior companhia aérea low‑cost da Europa — passou a multar em 500 euros qualquer passageiro considerado “indisciplinado” que acabe desembarcado da aeronave. A decisão foi oficializada em comunicado da empresa
Quando e onde entrará em vigor?
A nova cobrança já começou a valer em todos os voos da Ryanair desde o dia 12 de junho. A multa será aplicada diretamente ao cartão de crédito usado na reserva, como reforçado pela empresa .
Como será aplicada?
Basta que um passageiro seja forçado a desembarcar por comportamento disruptivo — por intoxicação, desobediência às tripulações, violência verbal ou até física — para que a penalidade seja cobrada. E isso será apenas o mínimo: onde houver danos ou custos extras como desvio, a companhia pode buscar compensações judiciais. Casos de multas maiores ou ações civis já somam dezenas de milhares de euros .
Por que a Ryanair adotou essa postura?
Com mais de 200 milhões de passageiros por ano, qualquer comportamento afeta dezenas ou até centenas de pessoas, atrasando voos e gerando custos com combustível, acomodação e multas
A empresa, frequentemente afetada por incidentes que exigiram desvio de rota — como voo de Dublin desviado para Porto após passageiro agressivo — afirma tratar a medida como antidoto dissuasivo.
Detalhes que marcam a novidade
Valor expressivo: 500 euros equivalem a cerca de R$ 3.200 — quantia capaz de desestimular atos violentos ou absurdos em voos.
Cobrança imediata: o valor é debitado do cartão utilizado para a compra, agilizando o processo.
Complemento legal: além da multa, a Ryanair continuará movendo processos civis, conforme os custos causados — como fez ao buscar €15 mil num caso que resultou em pouso forçado.
Precedente regulatório: no Reino Unido, a Autoridade de Aviação Civil associa sanções à segurança, apontando multas de até £5.000 e até cinco anos de prisão para quem coloca voo em risco.
E a segurança de passageiros e tripulação?
A Ryanair defende que agir com mão firme em casos extremos não fere direitos, mas protege o bem-estar do restante dos passageiros e tripulantes, reduzindo atrasos e incidentes de estresse. A companhia destaca que “é inaceitável que um passageiro atrase ou prejudique o descanso dos demais” .
O CEO Michael O’Leary já chegou a sugerir restrições ao consumo de álcool nos aeroportos — limitando a duas bebidas por passageiro — para reduzir comportamentos agressivos antes do embarque.
Transparência ou marketing rígido?
Essas medidas inéditas podem indicar um novo padrão no setor aéreo low-cost: ser firme contra o “air rage” pode valorizar a reputação da Ryanair como companhia pontual e segura — atributos cruciais para seu modelo de negócios. O processo transparente, com valores fixos e cobrança automática, traz senso de justiça — mas também funciona como forte barreira contra comportamentos imprudentes.
Contexto global: endurecimento em outros países
A postura da Ryanair não é isolada: em maio, a Turquia anunciou multa para passageiros que retiram o cinto após pouso. No Reino Unido, a legislação permite processos severos contra comportamentos que comprometam a segurança do voo.
Conclusão: regras mais rígidas em cabine apertada
Em um mundo pós‑pandemia, onde a viagem de avião voltou ao centro das atenções de milhares de passageiros, garantir segurança, conforto e pontualidade exige mais do que instruções de bordo: requer medidas tangíveis. Com a multa de 500 euros, a Ryanair promete implementar um novo patamar de disciplina. Mas a eficácia real dependerá da consistência dessas ações e de como passageiros, tripulação e reguladores irão reagir