Turista em Paris? Cuidado com esses golpes comuns!
O que está acontecendo – E onde
Paris segue como um dos destinos mais visados do mundo, mas também se tornou palco de golpes criativos e persuasivos, especialmente em áreas turísticas saturadas como Sacré‑Cœur (Montmartre), Torre Eiffel e arredores do Sena. Os golpes mais comuns são:
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“Bracelet Scam” (pulserinha da amizade):
Em Montmartre, pessoas abordam turistas para amarrar uma “pulseirinha de amizade” no pulso e, logo depois, exigem pagamento, muitas vezes com agressividade.
Um turista relatou no Reddit que foi empurrado e machucado fisicamente ao tentar fugir:“eles bloquearam meu caminho... me agarraram pelo braço com força bruta... meu pulso ainda estava dolorido e sangrando”.
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Pedido falso de assinatura/caridade:
Com tabloides e petições sobre causas supostamente nobres (crianças surdas, refugiados), golpistas distraem turistas, forçando depois doações altas e até furtos. -
Golpe do anel de ouro:
Um “achado” que vira objeto de venda agressiva, vendido por valores bem acima do que vale, geralmente farsa . -
Jogos de rua (Bonneteau, copa e bola):
A clássica “três-copos” é uma armadilha — as “vitórias” são encenação, a fim de engajar outras vítimas. -
Pickpockets e golpes de distração no metrô (linhas 1 e 4 são especialmente perigosas):
Formam-se equipes que criam tumulto para furto rápido. Um relato de viagem revela a tática:“um golpe de dois rapazes — um me bloqueou para impedir de sair, enquanto outro pegou o telefone do bolso da frente” .
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Golpes de tickets falsos e vendedores não-autorizados no metrô:
Falsos agentes oferecem tickets com pagamento em dinheiro, cancelam a compra e entregam bilhetes inválidos. -
Táxis e apps falsos ou sobrecarga de tarifas:
Motoristas informais cobram valores 3x superiores, inventam “rota longa” ou taxa de bagagem – um turista relatou pagar 45 € por 10 €, sem disputa possível. -
Fraudes em acomodações online:
Causando prejuízos de centenas de euros, golpes como o de Jane Lu — que perdeu cerca de AU$ 3.500* (aprox. 2.200 €) ao reservar apartamento inexistente — ilustram a crescente sofisticação vítima de falsos anúncios em plataformas como Booking.com.
Quando e por que surgiram esses golpes
Esses golpes aumentaram gradualmente na última década. Os tradicionais (anel, pulseirinha, três-copos) evoluíram às digitalizações — petições falsas, apps, anúncios fantasmas na internet. O crescimento do turismo após a pandemia intensificou essa onda, com golpistas explorando fluxo intenso de visitantes.
Em 2023, o Scamwatch da ACCC registrou 363 casos de fraudes via Booking.com, com perdas que superaram A$ 337 000, aumento de quase 600% em relação a 2022 news.com.au.
Como funcionam – a mecânica dos golpes
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Introdução sutil: contato amigável (“esto é grátis!”, “posso ajudar?”).
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Distração e pressão psicológica: enquanto você se envolve, retiram seus pertences ou cobram altas somas sem chance de negociar.
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Execução rápida: a abordagem das pulseirinhas ou anéis dura segundos, os danos são solicitados de imediato.
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Fuga organizada: assim que percebem que foram descobertos, desaparecem em grupos.
Por que você não deveria subestimar
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Pressão emocional: a ideia de “amizade” ou “solidariedade” gera culpa.
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Aparência convincente: parecem locais, vestem-se bem, falam inglês.
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Trabalham em redes: golpistas cooperam entre si, aumentando o alcance das fraudes.
Como se proteger – recomendações práticas
Situação | Ação recomendada |
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Pulseiras ou petições | Rejeite sem parar; diga “Non, merci.” |
Jogos de rua | Ignore; não pare para assistir. |
Táxi | Use apps oficiais ou pontos fixos. Defina o valor antes e exija o taxímetro. |
Metrô | Compre bilhetes só em máquinas oficiais. Mantenha bolsa à frente. |
Rua e monumentos | Evite interagir com vendedores não autorizados e mude o trajeto. |
Acomodações online | Verifique reputação e comentários. Prefira plataformas com garantias e cancelamento seguro. |
Histórias reais e lições aprendidas
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Jane Lu, fundadora da Showpo, sofreu golpe de locação falsa em junho de 2025, perdendo cerca de AU$ 3 500 (~2 200 €), mesmo tendo reservado por plataforma confiável. A Booking.com investiga o caso.
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Turistas no metrô narram casos intensos de furto por dupla, a partir de bloqueio e distração ao sair dos vagões .
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Visitante ferido em Montmartre, que teve pulso machucado ao resistir à pulseira, relata agressividade física e impunidade.
Conclusão
Paris continua encantadora, mas os golpes estão à espreita em cada esquina turística. A melhor proteção? Informação afiada, rejeição firme e atenção redobrada. Diga “non, merci”, evite aparente gentileza e saiba que a cultura local preza por respeito sem amarras ou pressão. Assim, a Cidade Luz segue como sonho — e não pesadelo — para quem visita.