Viena é eleita a melhor cidade do mundo para se viver em 2025, segundo ranking global de habitabilidade
O que faz uma cidade ser considerada a melhor do mundo para se viver? Essa pergunta ganha uma resposta robusta todos os anos por meio do ranking global de habitabilidade da Economist Intelligence Unit (EIU) — braço de pesquisa e análise do grupo The Economist. A edição de 2025, divulgada em junho, confirma o que muitos já previam: Viena, na Áustria, voltou a liderar a lista, pela terceira vez consecutiva, consolidando-se como referência em qualidade de vida urbana.
O ranking avalia 173 cidades ao redor do globo e leva em conta cinco critérios essenciais: estabilidade política e social, sistema de saúde, educação, infraestrutura e cultura/ambiente. Os dados são coletados e analisados por especialistas da EIU, com apoio de fontes locais e internacionais. Em 2025, o levantamento voltou a destacar a força da Europa e da Oceania, mas também revelou mudanças estratégicas em outros continentes.
Onde vivem as pessoas mais satisfeitas do planeta?
O top 10 do ranking de 2025 reafirma tendências dos últimos anos: países com políticas públicas consistentes, infraestrutura de alta qualidade e investimentos sólidos em educação e saúde estão no topo. Confira as 10 melhores cidades para se viver neste ano:
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Viena (Áustria)
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Copenhague (Dinamarca)
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Zurique (Suíça)
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Melbourne (Austrália)
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Calgary (Canadá)
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Genebra (Suíça)
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Sydney (Austrália)
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Vancouver (Canadá)
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Osaka (Japão)
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Auckland (Nova Zelândia)
O que faz de Viena a campeã?
Com alta pontuação em todos os critérios, Viena se destaca por seu sistema de transporte eficiente, segurança pública, serviços de saúde universais e acesso à cultura e lazer. Museus, óperas, cafés históricos e áreas verdes compõem um cenário que equilibra modernidade e tradição. Além disso, a cidade tem um dos melhores programas habitacionais da Europa, garantindo moradia acessível a milhares de cidadãos.
Outro ponto crucial é a estabilidade política e a governança transparente, que promovem um ambiente de confiança para residentes e investidores. A cidade também investe pesado em mobilidade sustentável, com grande parte da população se deslocando a pé, de bicicleta ou por meio de transporte coletivo de alta qualidade.
Como as outras cidades se posicionaram?
Copenhague e Zurique, em 2º e 3º lugar respectivamente, seguem a mesma lógica de sucesso: pequenas grandes cidades com alto nível de serviços públicos, segurança, respeito ao meio ambiente e qualidade de vida urbana.
A presença de cidades australianas e canadenses reforça o protagonismo da Oceania e América do Norte, com destaque para Melbourne, Calgary e Vancouver, todas com boas notas em saúde, cultura e infraestrutura. Osaka, única representante asiática no top 10, é um exemplo de como a eficiência japonesa pode equilibrar densidade populacional e qualidade de vida. Já Auckland, na Nova Zelândia, volta ao ranking após melhorias significativas na gestão da cidade e reabertura pós-pandemia.
Por que esse ranking importa?
Mais do que uma curiosidade anual, o ranking da EIU serve como barômetro global de qualidade de vida urbana. Ele é usado por empresas multinacionais para definir locais estratégicos de operação, por expatriados na escolha de novas moradias e por governos que desejam benchmarking para suas políticas públicas.
Além disso, o relatório ajuda a identificar áreas em crise, já que cidades em zonas de conflito ou com instabilidade política tendem a aparecer nas últimas posições. Em 2025, Damasco (Síria), Trípoli (Líbano) e Lagos (Nigéria) ficaram nas últimas colocações do ranking.
E as cidades brasileiras?
Nenhuma cidade do Brasil entrou no top 50 do ranking de 2025. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro enfrentam desafios como violência urbana, desigualdade social, trânsito caótico e deficiências em saúde e educação pública, o que impacta diretamente nas pontuações.
Ainda assim, o relatório menciona o potencial turístico, cultural e econômico das metrópoles brasileiras, apontando que, com reformas estruturais, podem subir posições nos próximos anos.
Conclusão: viver bem é uma construção coletiva
O ranking da EIU deixa claro que não se trata apenas de riqueza econômica, mas de decisões políticas que priorizam o bem-estar do cidadão. As melhores cidades do mundo são aquelas que entenderam que qualidade de vida é resultado de planejamento urbano, investimentos em pessoas e respeito à diversidade.
Num momento em que mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas, saber o que torna uma cidade mais habitável é entender o que torna a vida humana mais digna e equilibrada.